quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Verdelho dos Biscoitos

Alguém me disse à pressa,
Não queria acreditar,
Uma Angra submersa,
Toda a baixa será mar.


A Praia irá naufragar,
E desta não se levanta,
De barquinho a navegar,
Lamentar não adianta.


Junto à costa construir,
Quer dizer desvalorizar,
Serão as casas a ruir,
Já pela subida do mar.


Biscoitos têm igual sorte,
Videiras debaixo do mar,
As curraletas do norte,
Vestígio a observar.


O Verdelho dos Biscoitos,
Um nicho a valorizar,
Será só prós mais afoitos,
Que o começa a guardar.


Renome a qualidade,
Licoroso para amar,
Grande generosidade
Para um dia degustar.


Ò que preciosidade,
Vinho d'uma raridade,
Baco devia adorar.


Crime da humanidade,
Estar poluindo o ar,
Daí a subida do mar.


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