sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Obra de Duarte Gonçalves Rosa sobre Tomás Borba (1867-1950)


Finalmente o grande terceirense Tomás Borba, que dedicou a sua vida à música e ao seu ensino em Portugal, mereceu um amplo estudo sobre a sua vastíssima e monumental obra.
Natural de Angra do Heroísmo, freguesia de N.ª S.ª da Conceição, onde viu a luz do dia a 23 de Novembro de 1867, vindo a falecer em Lisboa a 12 de Fevereiro de 1950.
Recentemente foi colocada pelo município angrense, uma placa evocativa na casa onde nasceu na rua do Galo, a lembrar aquele que foi o expoente máximo da música que a Terceira deu, a nível nacional.
No decorrer da década de oitenta do século XIX iniciou a sua aprendizagem musical na escola da Sé Catedral (Angra). Terá estudado com Guilherme Augusto da Costa Martins, que se distinguiu como hábil músico, organista da Sé, violinista e professor de piano, ao mesmo tempo que foi responsável da Aula de Música que funcionava na Catedral d'Angra. Guilherme Martins era irmão do coronel de infantaria Francisco Augusto da Costa Martins.
O Padre Tomás Borba, após a sua formação na cidade natal (Seminário Episcopal de Angra), parte para Lisboa onde continuou a sua sólida formação, não só no Conservatório Nacional, como na Faculdade de Letras onde faz o Curso Superior de Letras. Prossegue no entanto os seus estudos, que o levam à Alemanha, Paris, Londres, Lourdes, Viena, Budapeste, Sevilha, Barcelona, Madrid, suíça, Itália, entre outras. Uma busca incessante de experiências e ensinamentos, para além dos múltiplos contactos com os nomes mais sonantes da época.


Duarte Rosa na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo

Duarte Gonçalves Rosa, neste seu magnífico trabalho, publicado à pouco, pela Escola Básica e secundária Tomás Borba, de 400p, presta um grande serviço à causa da cultura nacional, dando a conhecer um vulto que afinal é muito maior do que a maioria das pessoas pensavam.
Pensamos que Duarte Rosa, já está a trabalhar na obra de outro gigante da Música, nascido nos Açores (ilha de S. Jorge), o maestro Francisco de Lacerda.
Que assim continue, para que possamos fazer um ideia correcta do extraordinário valor destes Açorianos.
A.P.

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