quarta-feira, 29 de julho de 2009

ENSAIO DE COMBATE À MOSCA-DO-MEDITERRÂNEO, COM ARMADILHAS “ADRESS”, DA SYGENTA, NOS BISCOITOS

“Iniciou-se a montagem, no dia 21 de Julho até dia 24,de um ensaio, com a duração de 3 anos, que envolve a colocação de 936 armadilhas na zona de produção frutícola e vinícola dos Biscoitos, Ilha Terceira, em cerca de 40 hectares. Este ensaio desenvolve-se, em paralelo também na ilha de S. Miguel onde foram instalados também cerca de 40 hectares na zona da Ribeira Grande maioritariamente em parcelas com produção de citrinos.

Neste ensaio são utilizadas as denominadas armadilhas de esterilização “Adress” da Sygenta e será avaliada a sua eficácia quer através da colocação de armadilhas de monitorização em zonas tratadas e não tratadas e pela amostragem e análise de frutos. É um ensaio que resulta de um protocolo entre a Syngenta e a Direcção Regional de Desenvolvimento Agrário (DRDA) que apoia financeiramente o projecto e tem como parceiros o Centro de Biotecnologia dos Açores/Universidade dos Açores e a FRUTER.

Este ensaio tem como objectivo a redução das populações da mosca-do-Mediterrâneo (normalmente conhecida como mosca-da-fruta) nas zonas de produção frutícola e vinícola dos Biscoitos. As armadilhas foram colocadas numa faixa desta freguesia desde os 310 metros de altitude até praticamente à beira-mar.

A armadilha “Adress” possui várias formas de atracção. Primeiro, a sua cor que é amarela. Depois, porque no interior do “chapéu” é colocado um cilindro central com quatro atractivos específicos da mosca-do-Mediterrâneo e por último na sua base é enroscado um prato que possui um gel alimentar com 3% de um insecticida o lufenurão.
Este isco tem uma duração que abrange toda a campanha, o que também é uma das suas grandes vantagens porque a armadilha é colocada 45 a 60 dias antes do amadurecimento dos frutos e fica na planta até ao ano seguinte, não necessitando de renovações, quer de isco quer de atractivos.
Os efeitos na praga são uma redução das suas populações e dos estragos que esta causa por acção das suas larvas que se desenvolvem no interior dos frutos, por alimentação dos adultos no gel impregnado com insecticida da armadilha, por inviabilidade dos seus ovos após a ingestão do gel alimentar pelas fêmeas.”

Terra-Chã, 2009-07-27

O Professor Auxiliar
David João Horta Lopes


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