segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Jácome de Bruges Bettencourt, um monárquico de sempre

B.D. Toda a gente sabe que defende para chefia do estado a figura de um Rei. Continuava a achar isso depois de todos estes “desaguisados” entre o Presidente da República, Primeiro-ministro e mais Órgãos envolvidos nesta quase contenda…?
J.B. Com efeito, cada vez mais, acho que a figura que defendo seria ideal até pelo apartidarismo que tem de ter. É ver o que se passa com praticamente todas as monarquias europeias. Aliás, nunca votei na figura do Presidente da República.
B.D. Como vê o 5 de Outubro que agora se comemora, à mistura com os incidentes do pôr e retirar bandeiras azuis e brancas, ora na C.M. de Lisboa; Real Associação de Lisboa, no Largo de Camões e noutros locais?
J.B. Tenho uma bandeira do Portugal liberal, que por sinal pertenceu a um bisavô. Costumo hasteá-la, geralmente no 1º de Dezembro. Porém, na casa de meu Pai, na cidade da Horta, num cinco de Outubro, julgo que de 1965, resolvi desfraldá-la num mastro do jardim das traseiras, que dá para a avenida marginal. Isto de manhã cedo. Logo nesse dia, à tardinha, meu Pai recebeu na repartição onde trabalhava, a visita dum chefe da P.S.P. aconselhando a retirada desse símbolo…

B.D. Acha que em Angra do Heroísmo isso aconteceria?
J.B. Não tenho a certeza. Embora os angrenses sempre se lembrem de existir uma destas bandeiras no Salão Nobre dos Paços do Concelho, e terem ouvido dizer que foi em Angra, sede do Governo Provisório, que se hasteou pela primeira vez este símbolo. Ainda para mais, saberão que a Princesa Dona Maria da Glória (D. Maria II) ofereceu, por si bordada, aos Angrenses, a primeira bandeira aprovada em Angra por decreto de 1830. Isto tudo têm força histórica na memória do nosso povo.

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