terça-feira, 30 de novembro de 2010

Compilação da imprensa (14)

(os anteriores aqui)


“Verdelho dos Biscoitos pelos valores da freguesia”


“É nos Biscoitos que se produz, actualmente, o único verdelho que está no circuito comercial açoriano, na sequência da luta travada para a preservação dos valores culturais e ambientais intrínsecos à própria freguesia”.

Este foi um dos elogios feitos por Jácome de Bruges representante da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos, à família Brum, que lançou sábado o vinho “Chico Maria”, em homenagem ao pioneiro da reconversão da vinha na Terceira.

Jácome de Bruges sublinhou que Luís Brum (bisneto de Francisco Maria Brum, vulgo Chico Maria) tem sido “o principal entusiasta da vitivinicultura açoriana em geral e por estes ideais tem sacrificado tempo, dinheiro próprio e a sua família”.

“Quando se luta por causas nobres é assim…
Hoje, poucas pessoas darão valor a isso, numa época em que o mercenarismo impera e ninguém se move senão à força do dinheiro”, sendo que a luta pela preservação dos valores culturais e ambientais dos Biscoitos “vem sendo emperrada e contrariada por um autarca pobre de espírito e obtuso que entende ser o betão a vertente de desenvolvimento da freguesia” – considerou.

(…)

In "A União" 12 de Abril de 1999


Outros relacionados com a paisagem vitícola dos Biscoitos:

Planta da Freguesia dos Biscoitos (ano 1830) aqui

Plantas Vasculares nas Vinhas dos Biscoitos (ano 1971) aqui.

"A vinha perde-se e a população nada ganha" (ano 1994) aqui.

"Região de Biscoitos, nos Açores - Casas em vez de vinhas" - Santos Mota (ano 1994) - aqui.

"Biscoitos: que futuro? "-José Aurélio Almeida (ano 1996) - aqui.

"As Vinha dos Biscoitos" -Bailinho de Carnaval da Freguesia das Fontinhas. (ano 1997) aqui.

"Uma virada nos Biscoitos"(Açores)- (ano 1998) aqui.

O viticultor açoriano está envelhecido (ano 1998/99) aqui

“Provedor de Justiça dá razão à Confraria” (ano 1999) aqui.

“Museologia de Interpretação da Paisagem Ecomuseu dos Biscoitos, da ilha Terceira” - por Fernando Santos Pessoa (ano de 2001) aqui.

"Carta de risco geológico da Terceira" (ano ano 2001) aqui.

"Paisagem Báquica - Memória e Identidade" - Aurora Carapinha (ano 2001) aqui.

“A Paisagem Açoriana dos Biscoitos” - por Gonçalo Ribeiro Telles (ano 2002) aqui.

"Fadiga sensorial" (ano 2007) aqui.

"Defender curraletas!" (ano 2007) aqui.

"Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI"- por Rute Dias Gregório (ano 2008) aqui, aqui e aqui.


“A Vinha, o Vinho dos Biscoitos e o Turismo” - por Margarida Pessoa Pires (ano 2009) aqui.


(continua)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

V- Biscoitos: que futuro?

(continuação dos anteriores)


Por: José Aurélio Dias de Almeida


Voltando à área de "biscoito", a estratégia que se nos mostra mais viável para a protecção deste património que identifica a nossa localidade é a sua classificação como "Paisagem Protegida", tal como (e muito bem) já sucedeu na ilha do Pico, numa área total de muito maior extensão.

Tendo em consideração o actual quadro constitucional e legislativo, pensamos que as autoridades com maior competência e responsabilidade na matéria são as governamentais e as autárquicas.

Por tal, ninguém melhor do que as mesmas para proceder à tarefa que deverá culminar na preservação e protecção legal de todo o património que apresente valor significativo. Ainda que pormenorizado, este trabalho não nos parece de grande dificuldade, até pela reduzida área em questão.

Apelamos, sim, para que não se aliem desta situação, até porque notamos já alguma consciência da questão a esse nível, aquando de declarações do Sr. Presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória à RTP-Açores acerca da asfaltagem da via que serve o litoral biscoitense, referindo-se a uma indicação da Secretaria Regional de Turismo e Ambiente no sentido de ser aconselhável que o muro de protecção da referida via fosse de altura reduzida, por forma a não impossibilitar a visão para além do mesmo.

Nós concordamos plenamente que para ambos os lados, a paisagem com que nos deparamos é magnífica. Não deixemos de prestar atenção para o lado que nos revela o oceano, mas empenhemos-nos em salvaguardar a riqueza que fica situada no lado sul da estrada.

Resta-me agradecer à organização desta Festas das Vindimas, e em especial ao senhor Luís Brum, o convite e a consequente oportunidade dada para que nós, jovens biscoitenses, pudéssemos ser ouvidos.

Para concluir, aqui fica o nosso apelo em forma de "spot" publicitário: A paisagem litoral dos Biscoitos é um património de todos. Colabore na sua urgente classificação.

Obrigado.

Biscoitos, 6 de Setembro de 1996.

*Mandatário Principal nos Açores da Associação Portuguesa de Jovens Enófilos (APJE)


In “A União” de 11.09.1996
In “Diário Insular” de 14/15.09.1996
In “Mensageiro Jovem” – Biscoitos - ano 1996


Outros relacionados com a paisagem vitícola dos Biscoitos:

Planta da Freguesia dos Biscoitos (ano 1830) aqui

Plantas Vasculares nas Vinhas dos Biscoitos (ano 1971) aqui.

"A vinha perde-se e a população nada ganha" (ano 1994) aqui.

"Região de Biscoitos, nos Açores - Casas em vez de vinhas" - Santos Mota (ano 1994) - aqui.

"As Vinha dos Biscoitos" -Bailinho de Carnaval da Freguesia das Fontinhas. (ano 1997) aqui.

"Uma virada nos Biscoitos"(Açores)- (ano 1998) aqui.

O viticultor açoriano está envelhecido (ano 1998/99) aqui

“Provedor de Justiça dá razão à Confraria” (ano 1999) aqui.

“Museologia de Interpretação da Paisagem Ecomuseu dos Biscoitos, da ilha Terceira” - por Fernando Santos Pessoa (ano de 2001) aqui.

"Carta de risco geológico da Terceira" (ano ano 2001) aqui.

"Paisagem Báquica - Memória e Identidade" - Aurora Carapinha (ano 2001) aqui.

“A Paisagem Açoriana dos Biscoitos” - por Gonçalo Ribeiro Telles (ano 2002) aqui.

"Fadiga sensorial" (ano 2007) aqui.

"Defender curraletas!" (ano 2007) aqui.

"Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI"- por Rute Dias Gregório (ano 2008) aqui, aqui e aqui.


“A Vinha, o Vinho dos Biscoitos e o Turismo” - por Margarida Pessoa Pires (ano 2009) aqui.


(continua)


domingo, 28 de novembro de 2010

IV- Biscoitos: que futuro?


(continuação do anterior)


Por: José Aurélio Dias de Almeida

Para além deste valor sentimental, esta característica paisagem reveste-se de uma importância histórico-cultural visto que representa um tipo de actividade tradicional dos Biscoitos que remonta à data de criação da própria freguesia e se interrelacionou ao longo dos anos com outras artes, tais como a cestaria e a tanoaria.

Também em termos paisagísticos esta área merece cuidados especiais, visto apresentar características únicas a nível mundial, nomeadamente em relação à forma que as "curraletas" tomam.

Todo o conjunto de condicionantes de localização (clima local, proximidade do oceano e baixa altitude), bem como de construção (características particulares do "biscoito"), levam a que, nesta área, se gerem condições climáticas, ou melhor, microclimáticas especiais e que são responsáveis pelo típico verdelho ali produzido. Por acréscimo a este facto, nada nos garante que essas condições não sejam fonte de desenvolvimento de exemplares de espécies animais ou vegetais endémicas e/ou de grande raridade.

Diz a tradição popular que "perante factos não há argumentos". O que é certo é que actualmente (e é esse o problema que nos preocupa) nem mesmo perante estes factos, que não são recentes, foi tomada a decisão, por quem de direito, a proteger nos termos da lei, a reduzida área de aproximadamente 120 ha. de inegável interesse patrimonial.

O grande perigo surge do arrasamento incontrolado destas pedras para se proceder a construções que, muitas vezes, nem respeitam alguns dos padrões mínimos de segurança.

Não estamos contra as construções. Apenas pensamos que poderiam ser realizadas em outros locais, situados a poucas dezenas de metros, evitando-se a destruição patrimonial referida.
Acreditamos com toda a nossa convicção que também em termos turísticos é muito mais profícuo a preservação de algo que é único e marcadamente nosso e que, se convenientemente divulgado, poderá ser um autêntico chamariz de turismo, tanto nacional como internacional, para a nossa ilha.

Para tal, há que complementar e organizar as hipóteses turísticas delineando programas que incluam alguns dos interesses referidos, nomeadamente os relacionados com a vitivinicultura, com o artesanato e com as manifestações festivas locais, pugnando para bem receber.

Uma questão que se relaciona directamente com o bem receber consiste na limpeza da nossa freguesia e na manutenção da mesma para que não se assistam a situações degradantes a até de perigo, nomeadamente para a saúde pública, como algumas que actualmente persistem em existir, formando autênticas lixeiras a céu aberto em algumas das nossas canadas e em caminhos, que servem, nomeadamente, de acesso às explorações agro-pecuárias.

*Mandatário Principal nos Açores da Associação Portuguesa de Jovens Enófilos (APJE)


Continua

Outros relacionados com a paisagem vitícola dos Biscoitos:

Planta da Freguesia dos Biscoitos (ano 1830) aqui

Plantas Vasculares nas Vinhas dos Biscoitos (ano 1971) aqui.

"A vinha perde-se e a população nada ganha" (ano 1994) aqui.

"Região de Biscoitos, nos Açores - Casas em vez de vinhas" - Santos Mota (ano 1994) - aqui.

"As Vinha dos Biscoitos" -Bailinho de Carnaval da Freguesia das Fontinhas. (ano 1997) aqui.

"Uma virada nos Biscoitos"(Açores)- (ano 1998) aqui.

O viticultor açoriano está envelhecido (ano 1998/99) aqui

“Provedor de Justiça dá razão à Confraria” (ano 1999) aqui.

“Museologia de Interpretação da Paisagem Ecomuseu dos Biscoitos, da ilha Terceira” - por Fernando Santos Pessoa (ano de 2001) aqui.

"Carta de risco geológico da Terceira" (ano ano 2001) aqui.

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“A Paisagem Açoriana dos Biscoitos” - por Gonçalo Ribeiro Telles (ano 2002) aqui.

"Fadiga sensorial" (ano 2007) aqui.

"Defender curraletas!" (ano 2007) aqui.

"Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI"- por Rute Dias Gregório (ano 2008) aqui, aqui e aqui.


“A Vinha, o Vinho dos Biscoitos e o Turismo” - por Margarida Pessoa Pires (ano 2009) aqui.


(continua)


sábado, 27 de novembro de 2010

III- Biscoitos: que futuro?

(continuação do anterior)


Por: José Aurélio Dias de Almeida*

É aproveitando este rico património local que poderemos oferecer boas condições a todos aqueles que potencialmente nos poderão visitar. É de registar também que só aliado a uma boa divulgação, este conjunto de condições poderão obter a resposta adequada.

Tendo em consideração estes princípios, e ouvindo o que o nosso coração nos diz, neste particular momento o que mais nos chama a atenção, é a situação que se regista com um património específico que reúne valor histórico-cultural, paisagístico e até ecológico.
Refiro-me aos "biscoitos" dos Biscoitos.

Àqueles pedaços de lava solidificada que tomando a designação de um produto alimentar, pela sua aparência, baptizaram esta freguesia e tem um lugar importante no seu seio.

Mais espectacular do que apenas esses produtos vulcânicos tais como a Natureza os depositou é, sem dúvida, o que resultou de um labor de gerações que, aproveitando esse solos, à partida infrutífero, o transformou, o moldou, enfim, o recriou, originando uma imensidão de retalhos de pedra.

Com as "curraletas" criadas, houve que recorrer ao engenho e abrir as "covas" para nelas introduzir as primeiras cepas.

Ainda me lembro de quando, pela primeira vez, me apercebi do enorme esforço necessário para a construção de tais divisões. Estava com os meus colegas no campo de jogos da Escola Preparatória dos Biscoitos, da qual era aluno, a tentar descobrir o desporto que na altura era moda na escola: o basebol. Ao ir buscar à zona limítrofe do espaço escolar uma bola que alguém batera com muita força deparei-me com um paredão, visto que a zona é de vitivinicultura.

Aquele paredão, formado por camadas laterais de "biscoitos" de proporções médias e recheado de outros de reduzida dimensão, fez-me parar e ver a beleza que continha. Passados alguns momentos avistei a dita bola entre algumas ervas e fui jogar.

O que interessa é que eu não esqueci esse momento quase mágico e sinto-me orgulhoso daquilo que constitui um património local: a paisagem vitivinícola biscoitense.

*Mandatário Principal nos Açores da Associação Portuguesa de Jovens Enófilos (APJE)

(continua)

Outros relacionados com a paisagem vitícola dos Biscoitos:

Planta da Freguesia dos Biscoitos (ano 1830) aqui

Plantas Vasculares nas Vinhas dos Biscoitos (ano 1971) aqui.

"A vinha perde-se e a população nada ganha" (ano 1994) aqui.

"Região de Biscoitos, nos Açores - Casas em vez de vinhas" - Santos Mota (ano 1994) - aqui.

"As Vinha dos Biscoitos" -Bailinho de Carnaval da Freguesia das Fontinhas. (ano 1997) aqui.

"Uma virada nos Biscoitos"(Açores)- (ano 1998) aqui.

O viticultor açoriano está envelhecido (ano 1998/99) aqui

“Provedor de Justiça dá razão à Confraria” (ano 1999) aqui.

“Museologia de Interpretação da Paisagem Ecomuseu dos Biscoitos, da ilha Terceira” - por Fernando Santos Pessoa (ano de 2001) aqui.

"Carta de risco geológico da Terceira" (ano ano 2001) aqui.

"Paisagem Báquica - Memória e Identidade" - Aurora Carapinha (ano 2001) aqui.

“A Paisagem Açoriana dos Biscoitos” - por Gonçalo Ribeiro Telles (ano 2002) aqui.

"Fadiga sensorial" (ano 2007) aqui.

"Defender curraletas!" (ano 2007) aqui.

"Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI"- por Rute Dias Gregório (ano 2008) aqui, aqui e aqui.


“A Vinha, o Vinho dos Biscoitos e o Turismo” - por Margarida Pessoa Pires (ano 2009) aqui.


(continua)



sexta-feira, 26 de novembro de 2010

“José Vieira Alvernaz-Patriarca das Índias, Arcebispo de Goa e Damão”, da autoria de Maria Guiomar Lima


No próximo dia 4 de Dezembro, pelas 16H00, na Galeria do I.A.C. – Instituto Açoriano de Cultura, em Angra do Heroísmo, será apresentado pelo Prof. Doutor Nuno Vassallo e Silva o livro “José Vieira Alvernaz - Patriarca das Índias, Arcebispo de Goa e Damão” , da autoria da Prof.ª Doutora Maria Guiomar Lima.

II- Biscoitos: que futuro?


(o anterior aqui)


Por: José Aurélio Dias de Almeida


No caso da freguesia dos Biscoitos, um dos meios de promoção do desenvolvimento é sem dúvida a sua inegável vocação turística. Resta-nos porém, um dilema: que formas dar a este recurso.

Por um lado, apresenta-se-nos a sua propagação não controlada e de futuro duvidoso. Por outro, surge-nos a hipótese de o orientar, tentando o seu aumento firme e duradouro.

Estou a falar-vos de um turismo conjuntural e de um turismo estrutural.

O primeiro, dependente das condições de curta duração, constantemente em mutação, será algo permanentemente em perigo, em permanente alteração de rumo e, consequentemente, sem frutos constantes, podendo motivar perdas irreparáveis para a sua base, o mesmo é dizer, para a nossa freguesia.

O segundo, reside na sua sustentação em bases duradouras e que possibilitem algo constante. Essas bases duradouras consistem num conjunto de estruturas físicas e organizacionais que apoiem o turismo, fazendo com que este respeite e promova o património local.

Já existindo algumas dessas estruturas de apoio, nomeadamente em relação às actividades balneares, há que organizar todo o turismo aproveitando, e sempre respeitando, todo o património local, nomeadamente os espaços balneares, construções com importância arquitectónica e histórica, tais como igrejas, ermidas, habitações de traços tradicionais, miradouros existentes, artesanato diverso e os locais, bem como os utensílios, relacionados com a cultura da vinha, marco e cartaz da nossa freguesia.

Há também que promover as instituições locais existentes, nomeadamente as culturais, recreativas, juvenis e mesmo de carácter vitivinícola, a par do apoio a outros promotores das festividades religioso-profanas que animam as nossas ruas, durante a época de Verão.


*Mandatário Principal nos Açores da Associação Portuguesa de Jovens Enófilos (APJE).


(continua)


Outros relacionados com a paisagem vitícola dos Biscoitos:


Planta da Freguesia dos Biscoitos (ano 1830) aqui

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"As Vinha dos Biscoitos" -Bailinho de Carnaval da Freguesia das Fontinhas. (ano 1997) aqui.

"Uma virada nos Biscoitos"(Açores)- (ano 1998) aqui.

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"Carta de risco geológico da Terceira" (ano ano 2001) aqui.

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"Fadiga sensorial" (ano 2007) aqui.

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"Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI"- por Rute Dias Gregório (ano 2008) aqui, aqui e aqui.


“A Vinha, o Vinho dos Biscoitos e o Turismo” - por Margarida Pessoa Pires (ano 2009) aqui.


(continua)



quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Novos Caminhos da História do Atlântico

Ciclo de Conferências na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo em parceria com o Centro de História de Além-Mar.


Tem lugar amanhã, dia 26 de Novembro (6ª feira), pelas 18h00, na Sala de Reservados do Palácio Bettencourt, mais uma das conferências que a Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo tem vindo a realizar em parceria com o Centro de História de Além-Mar (CHAM).

O conferencista Professor Doutor Rafael Chambouleyron falará sobre "A Amazónia colonial e as ilhas do Atlântico: povoamento, recrutamento e escravidão".

"O ciclo de conferências Oceano de Histórias: novos caminhos da história do Atlântico visa ilustrar alguns dos rumos atuais da historiografia, buscando divulgar uma nova perspectiva sobre a história do mundo atlântico português e, inevitavelmente, da sua dimensão insular. O Atlântico é o palco de muitas e misturadas — entangled — histórias e objecto e área de investigação de várias, e por vezes desencontradas, visões historiográficas. Por variadas razões, a visão dominante tem sido ditada pelo universo anglo-saxónico e só mais recentemente os países europeus têm procurado responder a essa hegemonia.

Em contexto de internacionalização da sua historiografia e de ultrapassagem de paradigmas marcados pelo nacionalismo de outrora, os historiadores portugueses dialogam agora de forma intensa com os seus pares de diversos países, em busca de uma imagem mais completa e mais complexa das dinâmicas históricas.








Fonte: nota de imprensa (BPARAH)


Biscoitos: que futuro?



Por: José Aurélio Dias de Almeida*

Antes de me iniciar naquela que é a principal mensagem que vos pretendo transmitir nesta minha intervenção, vou proceder a um esclarecimento que julgo necessário.

Assim, tendo sido convidado para aqui vos falar, faço-o em meu nome e em nome de um grupo de jovens biscoitenses, de ambos os sexos, movidos por uma preocupação: o futuro da sua terra.

Represento, assim, uma significativa parcela da juventude biscoitense, que se mostra atenta àquilo que a rodeia, nomeadamente ao que se relaciona com a sua freguesia e com os condicionantes que se mostram como potenciais orientadores do seu e, por tal, nosso futuro.

Penso que a mais forte razão para a existência desta consciência será o facto de nos preocuparmos com aquilo que o nosso meio nos poderá, ou não, oferecer no futuro.

Esta tendência apelidável de egoísta deixa de o ser quando se constata que alargamos as nossas preocupações para além do que materialmente pertence a cada uma das nossas famílias e pensamos na totalidade da freguesia, deixando sobressair o desejo de partilhar o que temos com aqueles que nos visitam, especialmente durante a época de veraneio.

Pelo dito, é facilmente perceptível que o que almejamos é o desenvolvimento sustentável da nossa terra natal, ou seja, um aumento progressivo do nível de bem-estar geral de todos nós.
Daqui se concluiu que, tal como o senhor Arquitecto-paisagista e Eng.º silvicultor Fernando Pessoa nos alertou há um ano, neste mesmo lugar, existe um "abismo de diferença entre Desenvolvimento e Crescimento".

Sendo uma realidade qualitativa, o desenvolvimento ultrapassa largamente o crescimento económico na medida em que alberga condições como o equilíbrio ambiental, pela gestão dos seus recursos, e políticas adequadas de produção e serviços, e de ordenamento do território.

Outra condição necessária para que uma população esteja realmente com um bom índice de bem-estar geral é o respeito pelos seus valores, pelas suas tradições, pela sua história e pela sua cultura, ou seja, pela sua identidade.

Não significa isto que o crescimento seja um mal. Antes pelo contrário. Apenas não pode ser tomado como o objectivo primordial, ou mesmo único, devendo ser sim um meio que, respeitando o quadro da ética e da moral, permita um progresso de que todos possam beneficiar, não acentuando, e até diminuindo, os desequilíbrios sociais e económicos.

Para que seja possível o desenvolvimento há que existir uma base que se traduz em informação, educação e formação, visando o conhecimento de quais as reais metas a atingir e pugnando para que se sigam os meios reais possibilidades de as concretizar.


*Mandatário Principal nos Açores da Associação Portuguesa de Jovens Enófilos (APJE).


(continua)



Outros relacionados com a paisagem vitícola dos Biscoitos:


Planta da Freguesia dos Biscoitos (ano 1830) aqui

Plantas Vasculares nas Vinhas dos Biscoitos (ano 1971) aqui.

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"Região de Biscoitos, nos Açores - Casas em vez de vinhas" - Santos Mota (ano 1994) - aqui.

"As Vinha dos Biscoitos" -Bailinho de Carnaval da Freguesia das Fontinhas. (ano 1997) aqui.

"Uma virada nos Biscoitos"(Açores)- (ano 1998) aqui.

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"Carta de risco geológico da Terceira" (ano ano 2001) aqui.

"Paisagem Báquica - Memória e Identidade" - Aurora Carapinha (ano 2001) aqui.

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"Fadiga sensorial" (ano 2007) aqui.

"Defender curraletas!" (ano 2007) aqui.

"Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI"- por Rute Dias Gregório (ano 2008) aqui, aqui e aqui.


“A Vinha, o Vinho dos Biscoitos e o Turismo” - por Margarida Pessoa Pires (ano 2009) aqui.


(continua)


“Os Cantos” de Maria Filomena Mónica

Do Prefácio



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Recenseamento de cabo-verdianos bem sucedido nos Açores

O recenseamento eleitoral que na Região Autónoma dos Açores se realizou entre de 16 a 23 do corrente mês de Novembro, abrangendo a comunidade da Terceira, S. Miguel, Pico e Faial, decorreu satisfatoriamente, segundo apuramos junto do Consulado nos Açores da República de Cabo Verde.

“Qualquer destas Ilhas tem mais de duzentos cidadãos, sem contar com segundas gerações, que muitas vezes não tem documentos cabo-verdianos por nascidos já no arquipélago açoriano, tendo inclusivamente, muitos dos seus residente, mos últimos tempos, adquirido a nacionalidade portuguesa”. O número de cabo-verdianos recenseados agora, já que as anteriores operações que se realizaram em 1995 e 2006 não são válidas, aumentou significativamente, embora muita gente não tenha acorrido massivamente, como seria desejável”, referiu o Cônsul dos Açores da República de Cabo Verde.


“Não nos podemos esquecer que Portugal conta com quase 200 mil cabo-verdianos, os recenseados não chegarão a 20 mil, possivelmente irão votar para aí dois mil, o que é pena. Pois pensamos que na Diáspora deveria existir maior participação nos actos eleitorais”, acrescentou o Cônsul dos Açores da Republica de Cabo Verde, Jácome de Bruges Bettencourt.

Ontem, terminou a deslocação aos Açores da Delegação da Comissão Recenseadora/Equipa de Recenseadores, constituída pela sua Presidente, Cristina Pereira, licenciada em direito pela Universidade de Coimbra, diplomata de carreira, actual conselheira da Embaixada em Portugal, pelos membros da C.R.E. Domingos Gomes e Miguel Fortes, ambos advogados em Lisboa e representantes de Partidos políticos cabo-verdianos e pelos recenseadores Edmilson Varela, José Ricardo Livramento e Maria Isabel Miranda.

Colaboraram activamente, nesta importante missão, o Cônsul nos Açores Jácome de Bruges Bettencourt, Paulo Mendes e a AIPA (Ponta Delgada e Angra do Heroísmo), a Direcção Regional das Comunidades do Governo Regional dos Açores, com grande empenho do Dr. Paulo Teves, Dr.ª Marta e Nélia Andrade, Delegações do SEF de Angra e da Horta, Misericórdia de Praia da Vitória e seu Provedor Sr. Francisco Ferreira e de Inês Pereira (Dona Nené).


terça-feira, 23 de novembro de 2010

"Canto ao Vinho!"

Canto ao Vinho!

Por: Rosa Silva *


Ó vinho delicioso
Que adoças a garganta
Para mim és glorioso
És do bago que me encanta.


És o néctar fabuloso
Que no paladar se planta
És o bom vinho, famoso,
Que até o humor levanta.


Cálice de tom divino
Maresia do lendário
De sabor puro e fino.


Casa Brum, Chico Maria,
Nobre Museu, Donatário,
Resistência mais Confraria.



Compilação da imprensa (13)

(os anteriores aqui)

Enófilos querem Biscoitos protegidos


A delegação dos Açores da Associação Portuguesa de Jovens Enófilos propôs hoje a atribuição do estatuto de Paisagem Protegida à zona dos Biscoitos, ilha Terceira, onde se produz vinho de qualidade.
Com essa medida desaparecem todos os possíveis perigos que pendem sobre o património arquitectónico e vitícola da zona que viu recentemente certificado o seu vinho verdelho, alegam os jovens enófilos açorianos em comunicado.

Além de alertarem para o sentimento de impotência para a preservação da área assumido pela Câmara Municipal da Praia da vitória, concelho a que pertencem os Biscoitos, referem a existência de “interesses individuais que egoisticamente e imediatamente pretendem o usufruto para fins meramente financeiros, sociais ou de comodidade” da zona de vinhedos.

Esses interesses podem, no entanto serem contrariados pela classificação da zona, uma medida que assegurará “base legal para as restrições a toda e qualquer alteração que prejudiquem”, sustentam.

Para a delegação dos Açores da Associação Portugueses de Jovens Enófilos, tal medida permitirá, ainda, uma “fiscalização real e eficaz”, uma vez que implica a criação de uma comissão com responsabilidade sobre a zona em causa.

Nos Biscoitos, cujos vinhedos estão implantados em terrenos divididos por típicas curraletas, é uma das três “regiões determinadas” de produção de vinho legalmente criadas no arquipélago.
As outras duas localizam-se nas ilhas do Pico e Graciosa.


In A União de 19 de Maio de 1998

Outros relacionados com a paisagem vitícola dos Biscoitos:


Planta da Freguesia dos Biscoitos (ano 1830) aqui

Plantas Vasculares nas Vinhas dos Biscoitos (ano 1971) aqui.

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"As Vinha dos Biscoitos" -Bailinho de Carnaval da Freguesia das Fontinhas. (ano 1997) aqui.

"Uma virada nos Biscoitos"(Açores)- (ano 1998) aqui.

O viticultor açoriano está envelhecido (ano 1998/99) aqui

“Provedor de Justiça dá razão à Confraria” (ano 1999) aqui.

“Museologia de Interpretação da Paisagem Ecomuseu dos Biscoitos, da ilha Terceira” - por Fernando Santos Pessoa (ano de 2001) aqui.

"Carta de risco geológico da Terceira" (ano ano 2001) aqui.

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“A Paisagem Açoriana dos Biscoitos” - por Gonçalo Ribeiro Telles (ano 2002) aqui.

"Fadiga sensorial" (ano 2007) aqui.

"Defender curraletas!" (ano 2007) aqui.

"Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI"- por Rute Dias Gregório (ano 2008) aqui, aqui e aqui.


“A Vinha, o Vinho dos Biscoitos e o Turismo” - por Margarida Pessoa Pires (ano 2009) aqui.


(continua)



segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Compilação da imprensa (12)

(os anteriores aqui)


“Construção clandestina nos Biscoitos”

“As pessoas, por vezes, constroem sem os projectos estarem devidamente licenciados” (declaração de voto de um vereador).

“Existe de facto construção clandestina na zona litoral dos Biscoitos. Quem o diz é um dos vereadores em regime de permanência da actual Câmara Municipal em declaração de voto sobre a alteração do texto das medidas preventivas aprovadas para os Biscoitos, tombada na acta nº 9 de 08 de Abril de 1998, da Câmara Municipal da Praia da Vitória (CMPV).”

“Licenciadas ou não, outras construções surgiram naquela zona, sendo imperioso que a edilidade praiense esclareça a opinião pública sobre a situação, e, também, sobre as medidas que tomou relativamente às construções não autorizadas”.

In Jornal da Praia 15.5.1998


Outros relacionados com a paisagem vitícola dos Biscoitos:

Planta da Freguesia dos Biscoitos (ano 1830) aqui

Plantas Vasculares nas Vinhas dos Biscoitos (ano 1971) aqui.

"A vinha perde-se e a população nada ganha" (ano 1994) aqui.

"Região de Biscoitos, nos Açores - Casas em vez de vinhas" - Santos Mota (ano 1994) - aqui.

"As Vinha dos Biscoitos" -Bailinho de Carnaval da Freguesia das Fontinhas. (ano 1997) aqui.

"Uma virada nos Biscoitos"(Açores)- (ano 1998) aqui.

O viticultor açoriano está envelhecido (ano 1998/99) aqui

“Provedor de Justiça dá razão à Confraria” (ano 1999) aqui.

“Museologia de Interpretação da Paisagem Ecomuseu dos Biscoitos, da ilha Terceira” - por Fernando Santos Pessoa (ano de 2001) aqui.

"Carta de risco geológico da Terceira" (ano ano 2001) aqui.

"Paisagem Báquica - Memória e Identidade" - Aurora Carapinha (ano 2001) aqui.

“A Paisagem Açoriana dos Biscoitos” - por Gonçalo Ribeiro Telles (ano 2002) aqui.

"Fadiga sensorial" (ano 2007) aqui.

"Defender curraletas!" (ano 2007) aqui.

"Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI"- por Rute Dias Gregório (ano 2008) aqui, aqui e aqui.


“A Vinha, o Vinho dos Biscoitos e o Turismo” - por Margarida Pessoa Pires (ano 2009) aqui.


(continua)


domingo, 21 de novembro de 2010

“Chico Maria” apresentado em 1999




Na Foto: Ministro da República para os Açores; Presidente da Câmara de Angra do Heroísmo, Pároco da freguesia dos Biscoitos e Confrades do Verdelho dos Biscoitos.

Durante o lançamento do generoso “Chico Maria”, realizado a 10 de Abril de 1999, nos Biscoitos freguesia do concelho de Praia da Vitória, o proprietário da Casa Agrícola Brum disse:

(…)

Quando há cerca de 130 anos, o filoxera, atila da vitivinicultura prosseguindo na sua marcha devastadora, assentou arrais nos Biscoitos da ilha Terceira, a vinha era a principal riqueza desta região.
Passados alguns anos de desânimo Francisco Maria Brum empreendeu uma luta difícil de reconstituição. Luta porfiada e enérgica.

Chico Maria, foi inclusive na altura apodado de doido por aqueles que, nestas alturas se destacam por condenarem aquilo que geralmente não entendem ou simplesmente por estarem ao serviço dos agitadores. A inveja como o ciúme de mérito alheio acusou a mediocridade dos mesmos.

Chico Maria, a esses respondeu apenas com o sucesso de uma reconversão. Para se ser bem sucedido, não é sempre a habilidade que é necessária, nem o desejo, é a perseverança.
(…)

Volvidos cem anos, esta Casa Agrícola, resolveu sem quaisquer complexos, inaugurar o seu Museu do Vinho. O Museu do Vinho dos Biscoitos da Casa Agrícola Brum Lda., onde se conta ao vivo a vida da vinha e do vinho dos Biscoitos. Podendo os visitantes provar e comprarem um descendente directo do vinho da Rota das Índias ou das Especiarias. Na época das descobertas, a melhor conservação do vinho para as longas viagens marítimas era feita com o aumento da graduação (aguardentados), caso contrário teriam, na maior parte das viagens, vinagre. Não havia na altura adição de sulfurosos para a sua desinfecção e conservação.

A seis de Setembro de 1998 a Casa Agrícola Brum apresentou pela primeira vez o primeiro VLQPRD- Vinho Licoroso de Qualidade Produzido em Região Determinada – (VLQPRD -Biscoitos 1994). Serão assim necessárias mais quatro colheitas consecutivas para que a Região dos Biscoitos deixe o estatuto de IPR- Indicação de Proveniência Regulamentada para passar a DOC- Denominação de Origem Controlada, caso contrário nunca mais saímos da “cepa torta”.

Não cabe às pequenas empresas privadas e principalmente à Casa Agrícola Brum despender tempo em controvérsias inúteis, nem com inventivas contra quem quer que seja, ou sequer em naturais incriminações aos que porventura hajam concorrido para a agudeza dos ataques vindos de uma trincheira, quiçá último reduto de um deprimente e complexado inimigo.

Serenidade de ânimo em conjuntura assim perigosa e difícil, deverá mostrar quão respeitável é a causa dos que na própria justiça encontram paciente coragem para entrar em sensata e proveitosa discussão.

(…)

Devidamente vestidos, segundo as novas leis, de Dezembro último, dignos de ostentarem o nome do Concelho da Praia da Vitória, a Ilha Terceira os Açores, aqui estão presentes três generosos, se quiserem licorosos, produzidos e engarrafados por esta Casa.


É tempo de darem a vossa opinião…o tempo não é nunca neutro, se não fazemos dele um amigo útil, ele será para nós um inimigo formidável.

Venham as críticas, até mesmo aquelas públicas e de véspera!
(…)


In ACA ano de 1999


sábado, 20 de novembro de 2010

Compilação da imprensa (11)

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Ponto por Ponto

Por Saraiva Pinto

(…)

5. Infelizmente, o panorama aparentemente idílico dos Biscoitos, atrás retratado, está actualmente carregado de densas e negras nuvens, daquelas que precedem as grandes borrascas. A”tormenta” ameaça ser devastadora para a vitivinicultura local, podendo mesmo a vir a aniquilá-la. E o mais triste de tudo é que a origem do mal anunciado não resistirá em qualquer força incontrolável da Natureza mas sim, tão só, na vontade dos homens.

Ou na falta dela, o que vai dar ao mesmo resultado.

É que, para além dos vinhedos, a freguesia dos Biscoitos tem uma posição geográfica privilegiada, onde o pitoresco da paisagem e a fácil acessibilidade ao mar, de há muito começaram a despertar a cobiça dos que pretendem construir moradias para tempos de veraneio. Daí até à compra indiscriminada de terrenos foi um passo. De preferência o mais perto possível do mar. Que é onde estão os vinhedos.

Curraletas? Travessas? Ora, coisa-do-passado…

Património histórico – cultural?

Equilíbrio ambiental? Ordenamento do território?

Pois, pois, tecnocracias dos políticos…

Afinal, para que servem apenas 120 hectares de vinhas? E porquê construir as casas noutros locais, ainda que situados somente a poucas dezenas de metros dos vinhedos?

Além de que, já há o Museu do vinho, para mostrar como foi…

(…)

In “Revista de Vinhos” Fevereiro de 1997



Outros relacionados com a paisagem vitícola dos Biscoitos:

Planta da Freguesia dos Biscoitos (ano 1830) aqui

Plantas Vasculares nas Vinhas dos Biscoitos (ano 1971) aqui.

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"Região de Biscoitos, nos Açores - Casas em vez de vinhas" - Santos Mota (ano 1994) - aqui.

"As Vinha dos Biscoitos" -Bailinho de Carnaval da Freguesia das Fontinhas. (ano 1997) aqui.

"Uma virada nos Biscoitos"(Açores)- (ano 1998) aqui.

O viticultor açoriano está envelhecido (ano 1998/99) aqui

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"Carta de risco geológico da Terceira" (ano ano 2001) aqui.

"Paisagem Báquica - Memória e Identidade" - Aurora Carapinha (ano 2001) aqui.

“A Paisagem Açoriana dos Biscoitos” - por Gonçalo Ribeiro Telles (ano 2002) aqui.

"Fadiga sensorial" (ano 2007) aqui.

"Defender curraletas!" (ano 2007) aqui.

"Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI"- por Rute Dias Gregório (ano 2008) aqui, aqui e aqui.


“A Vinha, o Vinho dos Biscoitos e o Turismo” - por Margarida Pessoa Pires (ano 2009) aqui.


(continua)