sexta-feira, 26 de novembro de 2010

II- Biscoitos: que futuro?


(o anterior aqui)


Por: José Aurélio Dias de Almeida


No caso da freguesia dos Biscoitos, um dos meios de promoção do desenvolvimento é sem dúvida a sua inegável vocação turística. Resta-nos porém, um dilema: que formas dar a este recurso.

Por um lado, apresenta-se-nos a sua propagação não controlada e de futuro duvidoso. Por outro, surge-nos a hipótese de o orientar, tentando o seu aumento firme e duradouro.

Estou a falar-vos de um turismo conjuntural e de um turismo estrutural.

O primeiro, dependente das condições de curta duração, constantemente em mutação, será algo permanentemente em perigo, em permanente alteração de rumo e, consequentemente, sem frutos constantes, podendo motivar perdas irreparáveis para a sua base, o mesmo é dizer, para a nossa freguesia.

O segundo, reside na sua sustentação em bases duradouras e que possibilitem algo constante. Essas bases duradouras consistem num conjunto de estruturas físicas e organizacionais que apoiem o turismo, fazendo com que este respeite e promova o património local.

Já existindo algumas dessas estruturas de apoio, nomeadamente em relação às actividades balneares, há que organizar todo o turismo aproveitando, e sempre respeitando, todo o património local, nomeadamente os espaços balneares, construções com importância arquitectónica e histórica, tais como igrejas, ermidas, habitações de traços tradicionais, miradouros existentes, artesanato diverso e os locais, bem como os utensílios, relacionados com a cultura da vinha, marco e cartaz da nossa freguesia.

Há também que promover as instituições locais existentes, nomeadamente as culturais, recreativas, juvenis e mesmo de carácter vitivinícola, a par do apoio a outros promotores das festividades religioso-profanas que animam as nossas ruas, durante a época de Verão.


*Mandatário Principal nos Açores da Associação Portuguesa de Jovens Enófilos (APJE).


(continua)


Outros relacionados com a paisagem vitícola dos Biscoitos:


Planta da Freguesia dos Biscoitos (ano 1830) aqui

Plantas Vasculares nas Vinhas dos Biscoitos (ano 1971) aqui.

"A vinha perde-se e a população nada ganha" (ano 1994) aqui.

"Região de Biscoitos, nos Açores - Casas em vez de vinhas" - Santos Mota (ano 1994) - aqui.

"As Vinha dos Biscoitos" -Bailinho de Carnaval da Freguesia das Fontinhas. (ano 1997) aqui.

"Uma virada nos Biscoitos"(Açores)- (ano 1998) aqui.

O viticultor açoriano está envelhecido (ano 1998/99) aqui

“Provedor de Justiça dá razão à Confraria” (ano 1999) aqui.

“Museologia de Interpretação da Paisagem Ecomuseu dos Biscoitos, da ilha Terceira” - por Fernando Santos Pessoa (ano de 2001) aqui.

"Carta de risco geológico da Terceira" (ano ano 2001) aqui.

"Paisagem Báquica - Memória e Identidade" - Aurora Carapinha (ano 2001) aqui.

“A Paisagem Açoriana dos Biscoitos” - por Gonçalo Ribeiro Telles (ano 2002) aqui.

"Fadiga sensorial" (ano 2007) aqui.

"Defender curraletas!" (ano 2007) aqui.

"Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI"- por Rute Dias Gregório (ano 2008) aqui, aqui e aqui.


“A Vinha, o Vinho dos Biscoitos e o Turismo” - por Margarida Pessoa Pires (ano 2009) aqui.


(continua)



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