segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Revoluções: provérbios e pensamentos (2)

(o anterior aqui)



-Nas revoluções, como nas guerras civis, os homens acham-se desterrados na sua própria pátria.

- As revoluções, quando não melhoram, deterioram necessariamente a sorte das nações.

-As revoluções embranquecem muitas cabeças, sem as terem amadurecido.

- As revoluções são como Saturno; devoram seus próprios filhos.

- As revoluções são como tufões; derribam e cegam outros com a poeira que levantam.

- Uma revolução é um baptismo de lágrimas e de sangue.

- Acontece nas revoluções o mesmo que nas lotarias; a perda é de muitos, e o ganho de poucos.

- Nas revoluções há duas espécies de pessoas, as que as fazem, e as que delas se aproveitam.

- Os que fazem as revoluções são, pela maior parte, os que agitam e turvam as águas, para outros pescarem nelas.

- O fruto das revoluções quase nunca o colhe quem as excita.

- As revoluções liberais trazem ordinariamente consigo a liberdade de direito, e a tirania de facto.

- As revoluções, agitando as sociedades, fazem sempre subir algum lodo à superfície.

- Na fermentação dos povos, como na dos licores, as escumas sobrenadam e ficam de cima, até que descem ou se evaporam.

 - De todas as revoluções, as mais perigosas são as restaurações.

- Os autores das revoluções espantam-se, quando passando por diante da sua obra, observam o que têm feito.

- Os crimes fecundam as revoluções, e lhes dão posterioridade.

- Nas revoluções vêem-se brilhar um instante sobre o horizonte, e desaparecer, como meteoros, homens que se julgavam astros.

- As revoluções operam estranhas metamorfoses: os mesmos homens são nelas alternadamente vulgo e potentados.


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