segunda-feira, 16 de abril de 2012

Festas do Espírito Santo (2)


 Biscoitos – 1º Domingo de Espírito Santo

O culto do Espírito Santo em Portugal “Tem-se, como o mais provável, este acto (o de Alenquer), simples e humilde, caritativo e belo, mas, sobretudo de uma grande devoção ao Divino Paracleto, se difundiria pelas casas opulentas, os solares dos nobres e pelos homens ricos, que logo quiseram imitar as práticas vividas na Capela Real de Alenquer. Crível, por isso, que, depois de conseguida a devida autorização do soberano, se mandasse executar coroas em tudo semelhantes à do Rei, excepto no centro, onde um símbolo do Espírito Santo as distinguia da Coroa Real.





Passou o País, cristianíssimo que era Portugal, a assistir, pelo Pentecostes dos séculos XIII e XIV a tão piedoso e caritativo cerimonial, levado a efeito principalmente nas casas nobres e ricas dos portentosos do Reino, só que mais tarde aparecendo o povo reunido em Irmandades, como forma associativa de poder realizar, também, por si, as faustosas festas do Espírito Santo, terminando-as à maneira da nobreza com touradas e jogos de canas e argolinhas.

Foi essa pia instituição que os senhores capitães - do - Donatário, devotos e crentes da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, os nobres, os navegantes e o povo agrícola e artífices, que os acompanhou na aventura dos Açores, trouxeram como costume familiar e o puseram em prática nas diferentes ilhas onde se fixaram”. 
In Valdemar Mota – “Despertar” Boletim Paroquial da Freguesia da Ribeira – Chã - Ilha de São Miguel.




1 comentário:

MILHAFRE disse...

O culto ao Divino Espírito Santo e bem assim todas as festas e manifestações associadas ao mesmo, são a nossa marca identitária, quer como Povo, quer como comunidade solidária e democrática, pois mesmo em tempos de Ditadura, sempre se realizaram «eleições democráticas» e com voto secreto nas nossas irmandades, nos lugares mais recônditos, para eleger os «mordomos» , o «imperador» ou os «cabeças do império», como se designa nas nossas Ilhas Ocidentais.

É também por isso que os nossos «impérios» e «irmandades» são tão acarinhados pelo nosso Povo, desde Sta Maria ao Corvo.

Saudações Açorianas