quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

OITO ANOS NA BASE AÉREA DAS LAJES

ILHA TERCEIRA


 Por: Luísa Navega
Como surgiram estas notas:

A elaboração das notas, a seguir, sobre o meu pai, que permaneceu em serviço na Base Aérea das Lajes durante oito anos, foi-me sugerida pelo senhor Luís Brum.


A família Brum, tem para mim um significado muito especial, pois se não fosse a simpatia, a simplicidade, a sensibilidade das pessoas boas, eu não poderia ter realizado um dos sonhos da minha vida, conhecer a Base Aérea das Lajes, onde nasci e vivi até aos dois anos de idade. Foi através da família Brum que conheci o senhor capitão Jorge Forte e o sonho tornou-se realidade, no dia 7 Junho de 2007!

As notas que se seguem foram elaboradas por mim, a filha mais nova, que vivo em Pombal, no Continente, sou casada, tenho dois filhos, o Pedro de 26 anos e o Tiago de 21 e sou educadora de infância. 
Desde criança que recordo, com frequência, uma quadra que estava inscrita numa caneca por onde bebia o leite:

As nove ilhas dos Açores
São nove pérolas do mar,
Nove jóias, nove flores,
Nove estrelas a brilhar.

Nota: As fotografias e outros documentos aqui apresentados estão em meu poder e da minha mãe.


NOTAS BIOGRÁFICAS

 O meu pai, Fernando Joaquim Navega dos Santos, era filho de Deolinda Pinheiro Navega e Joaquim Moreira dos Santos, nasceu em Amarante a 7 de Março de 1921 e faleceu em Lisboa a 27 de Dezembro de 1989. (Por curiosidade, o meu avô paterno foi militar da arma de Artilharia e na década de 20 do século passado, esteve a cumprir serviço em Angra do Heroísmo).

Entretanto como jovem que era e piloto, era muito frequentador dos bailes, dos arredores da Base Aérea de Tancos, onde tinha sido colocado, sem ser grande dançarino, mas grande mestre das acrobacias aéreas para impressionar as jovens ribatejanas…

Foi na pequena aldeia de Montalvo, concelho de Constância, distrito de Santarém, que namorou e casou a 1 de Junho de 1946, com a minha mãe, Júlia Morais Lourenço Navega dos Santos, que felizmente ainda está muito bem, com os seus 83 anos e que me transmitiu muitas informações para elaborar este pequeno documento. 

A 22 de Dezembro de 1948, já casado e com a filha mais velha chamada Deolinda, como a avó paterna e que nasceu em Constância a 12 de Fevereiro de 1947, foi transferido para a Base Aérea nº 4 nas Lajes, onde iniciou uma nova etapa da vida.


No bairro Oeste (ao fundo a casa preta, a dos pára-quedistas americanos)

Ao chegar à B. A. 4 foi instalado com a família no Bairro Oeste, dos Bidões, onde mudou várias vezes, sempre para melhor (ainda é prática hoje, conforme informação do capitão Jorge Forte), até que foi construído o bairro de sargentos, para onde depois se mudaram, para a casa nº238, que era mesmo ao lado do cinema, que hoje (infelizmente) já não existe.

Continua



2 comentários:

Rossana disse...

Prezada Luísa,
Fiquei feliz ao saber que a família Brum lhe proporcionou retornar a terra onde você nasceu e viveu até os 2 anos.
Sou descendente da família Brum. Nasci no Brasil e faço uma árvore genealógica na intenção de conhecer melhor minha família.
O endereço do meu blog é:
http://familiaresmineiros.blogspot.com.br/
Caso você ainda tenha contato com algum integrante da família Brum e puder informá-lo do meu interesse, ficarei muito grata.
Minha avó chamava-se Maria Brum Ribeiro (nascida em 1895 e falecida em 1973) filha de Maximiniano Pereira Brum (falecido em 1898, não tenho ainda a data de nascimento) e neta de Antonio Pereira Brum (não tenho as datas de nascimento e falecimento dele por enquanto).
Eles viveram numa cidade chamada Pequeri, no estado de Minas Gerais, Brasil.
Ficarei muito feliz com qualquer informação que me possa dar.
Atenciosamente,

Rossana Ribeiro Martins de Souza
e-mail: rossanamartins@gmail.com

Silenciosamente ouvindo... disse...

Uma boa homenagem, num momento
difícil para os açoreanos, com
a saída dos militares americanos.
A nós está-nos a acontecer de
tudo um pouco.
De qualquer modo venho desejar-lhe
e a sua Família um Bo, 2013
e que nos possamos visitar mais.
Bj,
Irene Alves